Segredos para um bom projeto de centrais e redes de gases medicinais
Os hospitais e unidades de pronto atendimento (UPAs) dependem de gases medicinais para realizar diversos procedimentos clínicos, desde a terapia respiratória até a anestesia. Por essa razão, é essencial que a instalação de centrais de gases medicinais e respectiva rede de distribuição sejam projetadas e executadas com o máximo de cuidado e seguindo todas as normas e regulamentações vigentes.
A NBR 12188 é a norma técnica brasileira que estabelece as condições para o projeto e a instalação de sistemas centrais de distribuição de gases combustíveis para uso em instalações hospitalares e odontológicas. Já a Resolução RDC 50 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabelece as diretrizes e os requisitos mínimos para a instalação e a utilização de equipamentos de gases medicinais em serviços de saúde. Essas regulamentações são fundamentais para garantir a segurança dos pacientes, profissionais de saúde e do meio ambiente.
A seguir, listamos os 5 principais pontos que devem ser considerados no projeto de uma central de gases medicinais e respectiva rede de distribuição em hospitais e UPAs:
Dimensionamento adequado da central de gases medicinais
O primeiro passo para o projeto da central de gases medicinais é o dimensionamento adequado da capacidade de produção de gases medicinais. Isso inclui a estimativa da demanda dos gases medicinais utilizados nos procedimentos clínicos e a definição da quantidade de leitos, consultórios e outros ambientes de saúde que serão atendidos pela central.
O projeto deve levar em consideração o tipo de gases medicinais necessários para a realização dos procedimentos clínicos e a capacidade de produção da central. É importante que a central tenha uma capacidade de produção superior à demanda média de gases medicinais, para garantir a segurança dos pacientes em situações de emergência.
Uma das principais decisões que deve ser tomada no projeto de uma central de gases medicinais é se a usina de geração de oxigênio será própria ou se será adquirido cilindros de O2 de empresas especializadas.
A principal vantagem da geração própria de oxigênio é a redução de custos em longo prazo. As usinas de geração de O2 possuem um alto custo inicial de aquisição e instalação, mas em longo prazo o custo do oxigênio produzido é significativamente menor do que a compra de cilindros. Além disso, a usina permite uma maior flexibilidade no fornecimento de oxigênio, pois a produção pode ser aumentada ou reduzida de acordo com a demanda.
Por outro lado, a compra de cilindros de O2 pode ser uma opção mais viável para hospitais que possuem baixa demanda de oxigênio ou que não possuem espaço suficiente para a instalação de uma usina. A compra de cilindros também é uma opção mais rápida e simples para hospitais que estão em processo de construção ou que precisam de uma solução temporária.

Projeo da rede de distribuição
A rede de distribuição de gases medicinais é responsável por levar o gás produzido na central até os pontos de uso nos diversos ambientes de saúde. A rede deve ser projetada para garantir a integridade dos gases medicinais, evitando contaminação ou mistura com outros gases.
A instalação da rede de distribuição deve ser realizada com materiais de qualidade, como tubos e conexões em aço inoxidável, e deve ser executada de acordo com as normas e regulamentações vigentes. Além disso, o projeto deve prever a instalação de sistemas de monitoramento e alarme para detectar possíveis vazamentos.
Escolha adequada dos equipamentos
O projeto da central de gases medicinais deve contemplar a especificação adequada de equipamentos e materiais que serão utilizados na sua construção e operação. Isso envolve a escolha de compressores de ar e equipamentos para tratamento do ar comprimido, além de tanques de armazenamento, sistemas de filtragem e secagem do ar e dispositivos para a medição e controle de pressão e fluxo de gases.
A NBR 12188 traz as especificações técnicas para a construção e instalação de central de gases medicinais, e é importante que o projeto esteja em conformidade com essa norma. Já a RDC 50/2002 da ANVISA estabelece os requisitos mínimos para o funcionamento das centrais de gases medicinais em hospitais e unidades de saúde.
Os equipamentos de gases medicinais, como cilindros de armazenamento, reguladores de pressão e fluxômetros, devem ser escolhidos com base na demanda estimada de gases medicinais, tipo de gases medicinais utilizados e a capacidade da central de produção.
Garantia da Qualidade e segurança
Por fim, o projeto da central de gases medicinais deve garantir a qualidade e a segurança do fornecimento dos gases medicinais. Isso envolve a realização de testes e ensaios de pressão, vazamento e pureza dos gases, além da implementação de sistemas de monitoramento e controle da qualidade do ar comprimido.
Os equipamentos devem ser instalados de acordo com as normas e regulamentações vigentes e devem ser regularmente verificados e mantidos por profissionais qualificados. É importante que os equipamentos sejam de qualidade e seguros, para garantir a segurança dos pacientes e dos profissionais de saúd
A norma NBR 12188 estabelece os requisitos para a garantia da qualidade e segurança na produção, armazenamento e distribuição dos gases medicinais, bem como para a manutenção e operação das centrais de gases medicinais.
Manutenção e Operação
O projeto da central de gases medicinais deve levar em consideração a necessidade de manutenção e operação adequadas da instalação. É importante que sejam estabelecidos procedimentos claros para garantir que a central de gases medicinais opere de forma segura e eficiente, além de garantir a qualidade dos gases produzidos e distribuídos. A NBR 12188 estabelece que a manutenção da central de gases medicinais deve ser realizada por equipe técnica qualificada, com o objetivo de garantir o seu bom funcionamento.
BÔNUS
O projeto de uma central de gases medicinais envolve aspectos técnicos complexos, que exigem conhecimentos específicos de engenharia mecânica e elétrica. Por isso, é importante que o projeto seja realizado por um engenheiro mecânico habilitado, que possua conhecimento sobre as normas e especificações técnicas que regem o projeto, construção e operação de centrais de gases medicinais.
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